sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Comissão Pró Ferrovias do Vale do Itajaí - Seminário FIESC

Comissão Pró Ferrovias do Vale do Itajaí - 2010
Desde 2010, fazemos parte da Comissão Pró Ferrovias do Vale do Itajaí e acompanhamos, com outros representantes da Comunidade do Vale do Itajaí e da cidade de Blumenau, o processo de implantação e debates referentes a efetivação do projeto ferroviário na região, parte do PAC e do Programa Ferroviário Nacional.

Para saber  mais sobre clicar sobre os títulos a seguir:
O retorno da ferrovia ao Vale do Itajaí
A Ferrovia no Vale do Itajaí
Ferrovia da Integração - Pauta em Florianópolis

Membro da CPF  rumo à Florianópolis - SESI
Ontem, dia 7 de novembro, participamos de mais um Seminário Sul Brasileiro - Ferrovias e Desenvolvimento, organizado pela Frente Parlamentar das Ferrovias - Congresso Nacional, apoiada pela Frentes Parlamentares das Ferrovias da Alesc, da ALRS, ALEP, da FIESC e da FECAM























Presentes no Seminário, muitos representantes do Vale do Itajaí e da cidade de Blumenau, desde membros da Comissão Pró- Ferrovias do Vale do Itajaí - CPF, lideranças empresariais e representante da Câmara Municipal de Blumenau liderados pelo Presidente, Sr. Vanderlei de Oliveira, também, membro da CPF.



Registramos as ausências dos palestrantes propagados: Sr. Bernardo Figueiredo - Presidente da EPL e o Sr. Josias Sampaio - Presidente da VALEC - representados por seus assessores - Sr. Fábio Barbosa e Sr. Eduardo Quadros, respectivamente, bem como o Prefeito de Blumenau, Sr. Napoleão Bernardes. 
O Seminário iniciou pontualmente e após a formação da mesa, o Deputado Federal Sr. Pedro Uczai - Presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias do Congresso Nacional - iniciou o formalmente. Passou a palavra ao Presidente da FECAM - Prefeito de Gaspar - Sr. Celso Zuchi, ao Deputado gaúcho Sr. Carrion , Deputado estadual catarinense Dirceu Dresch para depois dar continuidade através da explanação dos assessores dos Palestrantes previstos para o evento - Senhores Fábio Barbosa e Eduardo Quadros  -para apresentarem a atual situação do Projeto Ferroviário Catarinense à plenária formada por diversos segmentos sociais deste estado, como também, parlamentares do estado vizinho - Rio Grande do Sul. Destaque para a presença do Deputado gaúcho, Sr. Raul Carrion, também entusiasta e pesquisador do modal ferroviário, como o Deputado Federal catarinense - Sr. Pedro Uczai.

A mesa


Prefeito de Gaspar Sr. Celso Suchi -
Presidente da Federação Catarinense de Municípios FECAM



Parte da fala do Deputado Federal Pedro Uczai




Deputado gaúcho - Sr. Raul Carrion
Em sua fala, o Deputado gaúcho Raul Carrion afirmou que a Matriz de transporte no Brasil é totalmente inadequada. Ironizou, afirmando que o Brasil deve ser muito rico, para optar somente pelo o transporte rodoviário. enfatizado que os poucos trechos ferroviários em solo nacional, são de baixa velocidade. Diz ainda, que é um serviço, até bem pouco tempo, público, atualmente é privado.
Lembrou que a ligação com os países asiáticos acontecerá, viabilizando o acesso ao Pacífico - via Mercosul. Lembrou ainda, que não é o Rio Grande do Sul que fará a ligação com o Mercosul, mas sim o Brasil. Os projetos devem ser estratégicos e acompanharem as tendências internacionais.

Sr. Fabio Rui Barbosa, representante da EPL e um dos palestrantes da tarde, no lugar do Sr.Bernardo Figueiredo, que não esteve presente, iniciou sua fala explicando que a EPL é uma empresa institucional  de Planejamento para criar uma estrutura e meios que forneçam apoio às ferrovias e ao Governo Federal, uma carta de projetos ferroviários a serem considerados. Atualmente, a EPL está somente corrigindo. Repetiu várias vezes, destacando a importância da Ferrovia da Integração dentro do Sistema Ferroviário Nacional, sob ponto de vista político, social e econômico.
Repetiu várias vezes, destacando a importância da Ferrovia da Integração dentro do Sistema Ferroviário Nacional, sob ponto de vista político, social e econômico.
As imagens mostram um pouco sobre os dados atualizados mostrados durante a palestra do Sr Fabio Barbosa. 





















Dando sequência às palestras, o outro  palestrante da tarde - Sr. Eduardo Quadros - Gerente de Planejamento da VALEC, substituiu seu Presidente, Sr. Josias Sampaio, que, igualmente, não se fez presente, e iniciou sua fala, explicando que a VALEC é uma empresa de projetos e execução e que, a princípio  foi criada para implantar a Ferrovia Norte/Sul. Lembrou que antes de iniciar os projetos, é necessário o estudo de viabilidade técnica e ambiental.
Sr. Eduardo Quadros, esclareceu que a VALEC vem encontrando dificuldades para acessar dados locais e regionais,  fundamentais para a introdução do projeto que lhes cabem executar. Solicitou aos empresários ligados a entidade promotora  que os auxiliassem, abrindo portas para que agilizassem a pesquisa para a execução do projeto que, no momento presente, está muito difícil. Através desta contribuição e parceria, o que já ocorre em outras regiões do Brasil, afirma que o processo toma outro ritmo,  mais ágil, uma vez que têm um ano para efetuarem os estudos de viabilidade técnica.
Reforço, como arquiteta, que, para elaboramos qualquer projeto, não importa sua dimensão, é necessário laços estreitos com àqueles que vão utilizar e se movimentar no ambiente da intervenção deste projeto. Ele será mais eficiente  quanto maior for os laços e as interações entre a equipe projectual e a população local, ou o grupo de pessoas que farão usufruto do objeto executado a partir deste projeto.
Segue imagens apresentadas durante a palesta do Sr. Eduardo Quadros.

 



Após a segunda palestra foi aberto tempo para posicionamentos para membros da mesa e da plenária, após a inscrição junto à coordenação.







Representante de Mafra, legitimamente, nas palavras do Pedro Uczai,
posicionando-se sobre o traçado, mas não é o momento para este debate












Questionados sobre o tipo de transportes efetuados pelas ferrovias construídas no Estado de Santa Catartina - somente de cargas e não de passageiros - os técnicos do governo esclareceram que o tipo de bitola adotada permite, em um tempo futuro, a adequação dos demais tipos de transportes, além do de somente de cargas, prioridade no momento, para desafogar as rodovias nacionais.

Eu pessoalmente sou da opinião, novamente como Urbanista, por que readequar ao fim pretendido? "Enjambrar" algo que pode nascer "pronto" e não creio que teria um preço tão mais alto. Claro que a bitola é importante, mas sabendo que poderia transportar passageiros também, poderia-se tomar outros cuidados,  presentes em ferrovias que já funcionam a muito tempo na Europa e recentemente na China, como a própria intermodalidade.

Falas Finais e conclusivas

Relatório do Sr. Charles Schwanke - Diretor executivo ACIB e membro da CPF.
Seguem os resultados do SEMINARIO SUL BRASILEIRO DE FERROVIAS ocorrido ontem (07/11) na FIESC em Florianópolis:

1 - Aprovação do novo modelo ferroviário brasileiro; 
2 – Prioridade para a Ferrovia Norte-Sul de Belém do Pará ao porto de Rio Grande (RS), cortando SC e viabilizando materias primas para o setor agroindustrial do oeste de SC. O RS pediu a inclusão na NORTE-SUL de um ramal ferroviário do Porto de Rio Grande a Uruguaiana. 
3 – Prioridade para a Ferrovia da Integração que é estratégico para SC ligando Dionísio Cerqueira ao litoral. Não foi colocado qual o ponto que se conecta no litoral. Existe uma rivalidade entre a região de Mafra e o Vale do Itajaí. Uma pessoa de Mafra inclusive afirmou que Mafra poderia deixar de ser catarinense caso a ferrovia não passe por lá. Gerou um tremendo mal estar em todos. Ficou deliberado o agendamento de audiência com o Ministro Eder do TCU para liberar o edital de licitação do EVTEA. Inclusão da obra no PIL II (Programa de Investimento em Logística). Legitimação da licitação conjunta do EVTEA, Ambiental e Aerofotogramétrico (3 estudos em uma só licitação). 
4 – Ferrovia Litorânea que está com projeto executivo praticamente concluído ligando Porto de Imbituba ao Porto de São Francisco do Sul. Foi deliberado que a ferrovia litorânea contemple também a conexão com o Porto de Itapoá e que no futuro a litorânea tenha prolongamento ao Porto de Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). 
5 – União dos 3 estados do sul (PR-SC-RS) para o corredor bioceânico, ferrovia ligando o Atlantico ao Pacífico, através de uma ferrovia de baixa altitude que cruzará a Cordilheira dos Andes através de túneis. 
6 – Fixado prazo de 2 anos para conclusão dos estudos e mais 5 anos para a execução das obras.

Relatório do Sr. Vanderlei de Oliveira - Presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau
Como Presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau e Membro da CPF/Vale, desde seu surgimento, tenho as seguintes compreensões, que em síntese registro: 
1. A Ferrovia da Integração (Dionizio Cerqueira/Itajaí), antiga ferrovia do frango (Chapecó/Itajaí), só não é mais realidade, em virtude de intervenções externas, cujas razões ainda não compreendemos (advogado X Ferrovia) que a levou para análise do TCU. Precisa ele liberar, para o projeto andar. 
2. Não temos disputa com o Planalto Norte, o que existe é um pleito deles, mal interpretado/defendido. Pleito este que tem nosso apoio, pois não interfere em nosso trabalho e em nossas conquistas. 
3. A Ferrovia Litorânea, caminha sem percalsos. Natural nosso apoio para chegar a Paranaguá e Rio Grande. 
4. Também natural e fundamental nossa compreensão de que nos beneficiam as linhas saindo de Maracajú/MS até o Porto de Rio Grande; e, Saindo De Panorama/SP, com mesmo destino no RS. 
5. Fundamental que os diversos atores compreendam o todo. O defendam e cobrem dos responsáveis e, até dos irresponsáveis suas ações. Lembro muito bem do atraso que nos impuseram na duplicação da 470. Creio que por mero capricho ou irresponsabilidade. Nada contra qualquer intervenção/ajuda, desde que seja positiva para nós. 
Só entendo que precisamos sempre agregar a esta discussão todos os "valores" envolvidos. Não os meramente financeiros/produtivos. 
Atenciosamente

Vanderlei.






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